Um jovem de 20 anos, que está internado no CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital das Clínicas Unidade de Emergência de Ribeirão Preto, recebeu uma visita especial esta semana. O cão de estimação, chamado Simba, foi levado até o hospital a pedido da família do paciente.
A visita, que não é comum na unidade hospitalar, emocionou não só os pacientes e familiares, mas os funcionários do local.
Para a avó do jovem que acompanhou o momento, esse reencontro entre tutor e cão foi importante nesta fase que enfrentam.
“Meu neto ama esse cachorro e tenho certeza de que um está sentindo a falta do outro. É um grude só [referindo-se ao neto e ao cão]. Eu tenho certeza de que meu neto gostou de ver o Simba”.
Essa é a segunda vez na história do HC-UE Ribeirão Preto, que um cão visita o tutor na unidade hospitalar. O que para a médica intensivista, Júlia Batista de Carvalho, é uma etapa importante do tratamento, que vai além de cuidar da doença.
“É a segunda vez que a gente faz, mas o que vemos na literatura, o que a gente já entende sobre isso, é que existe um benefício grande para os pacientes. Não só para o paciente, até para os familiares. Então, isso é interessante acontecer e deixar acontecer. Permitir que isso aconteça com os pacientes”.
A médica ressalta, ainda, que faz parte da recuperação dos pacientes pensar não só no tratamento da doença em si, mas na questão emocional que a visita de um animal de estimação representa ao paciente.
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“Às vezes, o paciente precisa disso e a família disse que ele gostaria disso. A gente não entende o que é a vida do paciente lá fora e a significância que isso tem para ele na recuperação”.
Estudos comprovam eficácia
Vários estudos e artigos científicos explicam os pontos positivos do contato entre o tutor e o animal de estimação, entre elas, a liberação de hormônios responsáveis pelas sensações de prazer e felicidade.
De acordo com a assessoria do hospital, entre os estudos estão os de Nagasawa (2015), Odendaal e Meintjes (2003), Handlin (2011) e Miller (2009).
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