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Doação de órgãos: ato de amor salvou a vida do irmão 

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Em uma noite, o guarda civil metropolitano, Mário Luchetti, de 43 anos, teve um sonho diferente. Sonhou que estava em uma cama de hospital e ao acordar viu o irmão ao lado. Perguntou a uma pessoa que não conseguiu identificar e recebeu a informação que havia doado um rim ao irmão. 

Dez dias depois, o irmão de Mário, o polícia militar aposentado, Luiz Márcio Luchetti Filho, hoje com 47 anos, sentiu mal quando fazia patrulhamento pela Força Tática. A viatura militar o levou para o Hospital Santa Lydia onde foi atendido. 

Depois da bateria de exames, Luiz Márcio foi diagnosticado que estava apenas com 2% do último rim funcionando, devido a um tumor benigno.  Como era uma pessoa de compleição física forte não sentiu os efeitos, mas depois o corpo pediu ajuda. 

Tudo isso aconteceu no meio do ano de 2010. Em 25 de julho de 2012 o sonho que Mário havia tido, se tornou realidade. A vida de Luiz Márcio foi salva por um gesto de amor, carinho e solidariedade. Gesto que poderia ser repetido por milhares de pessoas, mas que por conta de desinformação não são doadores de órgãos que poderiam salvar a vida de outros milhares. 

“Quando tudo aconteceu foi um baque para os amigos e familiares. Mas o sonho que tive antes eu percebi que era um sinal. Tinha certeza de que era o meu propósito”, diz Mário. 

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O GCM lembra que depois de detectado o problema, Luiz Márcio passou um longo período fazendo cerca de três hemodiálise por semana. “Era uma rotina em que ele não tinha vida. Não podia viajar, lembra”.  

Irmão não quis 

Os irmãos Mário e Luiz Márcio. Vida seguiu após gesto de amor

Mário disse que logo de início se propôs a doar um rim, mas o irmão não quis. “Eu contei o sonho. Eu falei que tinha certeza de que seria o doador, mas o meu irmão negou a oferta. Ele disse que entraria na fila de transplante. Só que a fila é muito grande, ele estava em 300 e tem a questão da compatibilidade. Tinha o problema de sermos sangue 0 negativo, que é mais difícil ainda”, ressalta. 

Foram um ano e seis meses de baterias de exames e quando tudo parecia estar certo, o médico que faria a cirurgia desistiu da operação. “No fim dessa bateria de exames foi identificado que éramos 99% idênticos. Mas o médico não quis fazer a cirurgia. Ele identificou que o rim que eu poderia doar tinha uma anomalia. Tinha duas artérias ao invés de uma e com isso tinha risco de cortar e eu morrer. Eu assumi o risco, mas ele não quis”, comenta. 

Mário procurou outro profissional, o médico Armando Arantes, e a cirurgia foi realizada. “Muitos amigos me deram força. Minha relação com meu irmão era 100% e agora aumentou ainda mais. Em momento algum tive medo”, complementa.  

O irmão, Luiz Márcio, que recebeu o rim enaltece ser “completamente grato por esse gesto de amor e compaixão do meu irmão”. “Acho que é o ato mais misericordioso e sublime de uma pessoa com a outra. Hoje, depois após 12 anos de renascimento, após passar por 2 anos e meio de hemodiálise, 4 horas por dia, 3 vezes por semana e sem perspectiva de nada, só tenho que agradecer a Deus de ter colocado meu irmão em minha vida”, comenta. 

A vida dele seguiu plenamente. “Hoje sou pai de um filho que amo demais, meu irmão é padrinho dele e em gratidão por me dar essa chance, não tenho mais adjetivos e qualidades pra agradecer esse ato que infelizmente são pra poucos. Gratidão eterna”, acentua. “Doação de órgãos é a forma mais misericordiosa e bonita que um ser humano pode ter com o seu semelhante. Doe órgãos, doe vida. Pensem nisso”, finaliza. 

 Ribeirão teve ações educativas no Dia Mundial do Rim  

O GCM, Mário Luchetti, que doou seu rim ao irmão, e a enfermeira Maria Luisa Dias Villela, de 30 anos, que também recebeu transplante de rim, estiveram no evento realizado em Ribeirão (Alfredo Risk)

Mais de 10 milhões de pessoas no Brasil sofrem de DRC (Doença Renal Crônica), isto é, convivem com algum grau de disfunção dos rins. Em alguns casos há necessidade de tratamento específico para substituir o papel desempenhado pelos rins – são as terapias de substituição renal, como a hemodiálise, diálise peritoneal e o transplante renal.  

A DRC pode surgir silenciosamente – na maioria dos casos os pacientes não apresentam sintomas ou sinais clínicos da insuficiência renal – e é comum o diagnóstico tardio, às vezes já em fase mais avançada e irreversível.  

Diante da prevalência da DRC e da necessidade de conscientização da população, bem como das medidas possíveis para tratar essa condição, a Sociedade Brasileira de Nefrologia, juntamente com entidades internacionais, celebra, na segunda quinta-feira do mês de março, o Dia Mundial do Rim. 

No dia 14 de março de 2024, a Associação Instituto Lund Solidária promoveu, no Calçadão do Centro de Ribeirão Preto, ações educativas e entrega de materiais informativos. Houve aferição de pressão arterial e teste de glicemia com triagem dos participantes por questionário. Para aqueles que apresentaram fatores de risco foram disponibilizados, gratuitamente, na Clínica Lund de Nefrologia, exames específicos para investigação da DRC, como o exame de creatinina.  

DRC 

O nefrologista e presidente da Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante, Yussif Ali Mere Jr., ressaltou que 2 milhões e 400 mil pessoas pelo mundo perdem a vida a cada ano por DRC (Alfredo Risk)

A DRC é caracterizada por uma lesão renal com perda progressiva e irreversível da função renal, que compromete severamente a qualidade de vida do paciente. O nefrologista e presidente da ABCDT-Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante, Yussif Ali Mere Jr., ressaltou que 2 milhões e 400 mil pessoas pelo mundo perdem a vida a cada ano por DRC.  

“Os rins têm várias funções, a mais importante é a de remover o excesso de resíduos e de água no corpo humano, pois filtram o sangue e limpam o organismo de resíduos tóxicos, como ácido úrico, ureia e também a creatinina. Se os rins não estiverem funcionando adequadamente, a creatinina não é excretada pela urina, elevando-se o seu nível no sangue. Altas taxas dessa substância são um alerta de mau funcionamento dos rins”, explica. 

Parceria público privada no Brasil 

O Brasil tem um sistema inovador de atendimento a pacientes renais pelo SUS, que fica responsável pela gestão da política de atendimento e contrata serviços particulares, esses responsáveis por pessoal, estrutura e atendimento. Isso possibilita ao país eliminar filas e atender com excelência todo tipo de paciente. 90% dos pacientes de hemodiálise são atendidos pelo SUS. 

Grupo de risco 

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de DRC são: hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, obesidade e cardiopatias (paciente com insuficiência cardíaca, doença coronariana, acidente vascular cerebral). Histórico familiar, isto é, presença de algum familiar com problema renal, também é de importância como fator de risco. 

“Apesar do conhecimento dos fatores de risco, alguns sintomas e sinais pedem atenção e atendimento médico precoce, como cansaço, dificuldade para urinar, inchaço e alterações na urina como a presença de espuma”, alerta o presidente da ABCDT. 

Problemas sociais 

Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia evidenciam que atualmente mais de 140 mil pessoas necessitam de terapia renal, ou diálise. Na região de Ribeirão Preto, aproximadamente 1.500 pacientes, entre adultos e crianças, dependem de alguma terapia renal substitutiva. No país, aproximadamente 40 mil pacientes estão aguardando um rim em lista de transplante, sendo que o fator mandatório para a realização do transplante é a compatibilidade entre doador e receptor. “Os pacientes que dependem de diálise necessitam de um compromisso contínuo com a dieta, uso de medicações e a realização de sessões de diálise; e a espera por um órgão compatível pode demorar anos”, relata o médico nefrologista Lázaro Bruno Silva, da Clínica Lund de Nefrologia. 

A DRC compromete a vida familiar, acadêmica, social e profissional dos pacientes. O paciente necessita de uma rotina de cuidados que dificulta ou impossibilita de assumir algumas atividades habituais do cotidiano, como capacidade de manter sua jornada de trabalho e dificuldade de seguir com estudos, o que resulta em impacto financeiro familiar. 

A executiva Dalva Ali Mere, depois de passar anos acompanhando o drama de muitas famílias, decidiu dedicar-se aos pacientes mais necessitados que realizam sessões de hemodiálise na Clínica Lund. 

Há um ano desenvolve trabalho voluntário através da Associação Instituto Lund Solidária, que promove ações sociais para auxiliar pacientes renais crônicos, que em decorrência da doença perderam seus trabalhos e fontes de renda. A entidade oferece mensalmente cestas básicas para todos os pacientes da Clínica Lund em Ribeirão Preto. “Há pacientes com necessidades de todas as naturezas – alimentar, moradia, remédios, higiene, enfim, um público que não é visto pela sociedade, mas que teve suas vidas atravessadas por um diagnóstico que mudou totalmente as suas condições de sobrevivência. São quatro horas de hemodiálise, três vezes por semana, o que deixa o paciente debilitado e com sérias dificuldades para o trabalho”, comenta. Em torno de 90% dos atendimentos feitos pela Clínica Lund, são pacientes do SUS. 

Na medida do possível, o Instituto Lund Solidária vem ampliando e estendendo a oferta de doações, que vão além das cestas básicas e lanche.  “Doamos roupas, calçados, suplementação alimentar, remédios, kits higiênicos etc., como um incentivo à dignidade dos pacientes”, explica Dalva. 

A Associação Instituto Lund Solidária tem sede na Rua Conde Afonso Celso, 300 – Ribeirão Preto. Funciona de 2ª a 6ª feira, das 8h às 17h, e recebe todo tipo de doação.  

 

 

 

 

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