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A ministra do Capital Humano da Argentina, Sandra Pettovello, anunciou nesta segunda-feira (18) uma medida polêmica em resposta aos protestos marcados por organizações sociais para a próxima quarta-feira (20). Pettovello ameaçou cortar programas sociais daqueles que bloquearem ruas durante as manifestações, em uma segunda investida do governo do presidente Javier Milei para conter os protestos.
Essa medida, que visa desmobilizar os manifestantes, segue a ameaça anterior da ministra da Segurança Nacional, Patrícia Bullrich, que anunciou a intenção de prender quem bloquear vias, sendo parte da estratégia do governo para enfrentar as manifestações que criticam as medidas econômicas e o ajuste fiscal conhecido como “Plano Motoserra”, apresentado em 12 de dezembro.
A ameaça de cortar programas sociais é uma promessa de campanha de Milei, que repetiu o slogan “el que corta no cobra” (“quem corta, não recebe”). No entanto, essa abordagem contrasta com o lema “viva la libertad, carajo” (“viva a liberdade, caralho”) também utilizado pelo presidente.
Governo também anunciou um protocolo anti piquetes, indicando que as forças federais
“Protestar é um direito, mas também é um direito circular livremente pelo território argentino para ir ao local de trabalho”, afirmou Pettovello em um vídeo transmitido nas redes sociais do governo. Além do corte de programas sociais, ela anunciou uma auditoria nos beneficiários desses programas para eliminar a intermediação, impedindo lideranças de movimentos sociais de cadastrar usuários.
A ministra também informou que os certificados de presença serão eliminados, o que significa que os responsáveis pelas organizações não poderão acompanhar quem participa das marchas.
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Os protestos convocados pela Unidad Piquetera e pelo Polo Obrero para quarta-feira (20) são uma resposta ao plano econômico anunciado por Luis Caputo, o ministro da Economia de Milei. A população argentina, historicamente, utiliza manifestações públicas como uma forma de expressar seu descontentamento com as políticas governamentais.
O governo também anunciou um protocolo anti piquetes, indicando que as forças federais e o serviço penitenciário federal intervirão em bloqueios de vias durante protestos, e as organizações sociais responsáveis pelos protestos deverão arcar com os custos das operações de segurança.
Essas medidas têm gerado críticas por parte de grupos como o Polo Obrero, que as consideram uma tentativa inconstitucional de limitar as manifestações.
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