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O petróleo ganhou impulso depois que, na semana passada, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sinalizou pelo menos três cortes de juros em 2024. A euforia com o afrouxamento monetário nos EUA encontrou nesta segunda-feira (18) nos ataques a navios no Mar Vermelho o motivo para continuar a trajetória de forte alta.
Um navio de propriedade norueguesa foi atacado, várias gigantes da navegação e do petróleo suspenderam as atividades no mar Vermelho, indicando que evitariam a região pelo menos até o final da semana.
Os preços do petróleo chegaram a subir 4% com a notícia do ataque, avançando quase US$ 2 por barril.
Por volta de 14h30, os futuros do Brent com vencimento em fevereiro avançavam 2,57%, a US$ 78,52 por barril, enquanto o WTI para janeiro tinha alta de 2,56%, a US$ 73.26 por barril.
De onde vem a ameaça ao petróleo
Os Houthi, um grupo de rebeldes do Iêmen, lançaram ataques com drones contra dois navios de carga no Mar Vermelho — o mais recente de uma série de ataques que perturbaram o comércio marítimo.
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O porta-voz Houthi, Yahya Sarea, identificou os navios como o MSC Clara e o Swan Atlantic, de propriedade norueguesa, e disse que a ação foi realizada depois que as tripulações não responderam aos chamados do grupo.
O proprietário do Swan Atlantic disse que o navio foi atingido por um objeto não identificado, mas nenhum membro da tripulação ficou ferido.
O MSC Clara é um navio com bandeira do Panamá, segundo dados do London Stock Exchange Group.
Nas últimas semanas, os Houthis atacaram vários navios, dizendo que têm como alvo embarcações no Mar Vermelho com ligações com Israel — um alegado protesto contra a ofensiva militar de Tel-Aviv em Gaza.
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As gigantes deixam o mar Vermelho
Os ataques suscitam preocupações sobre o impacto no transporte de petróleo, cereais e outros bens nessa importante rota comercial global — sem contar que aumentam o custo do seguro e do transporte de mercadorias através do Mar Vermelho.
Além disso, afastam gigantes da navegação e do setor petrolífero da região. MSC, Hapag-Lloyd, CMA CGM e Maersk já anunciaram suspensões de viagens através do Mar Vermelho devido à ameaça de ataques.
Essa suspensão de atividades das grandes empresas de navegação significa que não há acesso à ligação fundamental entre a Europa e a Ásia, entre o Médio Oriente e o Norte de África.
A gigante do petróleo BP foi a última a interromper os embarques do Mar Vermelho. Em comunicado, a petroleira diz que a segurança dos trabalhadores é a prioridade.
“À luz da deterioração da situação de segurança do transporte marítimo no Mar Vermelho, a BP decidiu interromper temporariamente todos os trânsitos através do Mar Vermelho”, afirmou. “Manteremos esta pausa de precaução sob revisão contínua, sujeita às circunstâncias à medida que evoluem na região.”
*Com informações da CNBC e da Reuters
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