Pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Alta Mogiana (Abrasel) com empresários do setor, realizada entre 24 de novembro e 1º de dezembro, revela que 33% dos estabelecimentos têm impostos atrasados. Deste total, 63% possuem débitos relacionados a tributos federais, 53% são estaduais, 44% com serviços públicos, 25% com taxas municipais e 28% devem encargos trabalhistas. Foram entrevistados 107 empresários da região. 
 
Em relação ao faturamento do mês de outubro, o levantamento revela que 22% tiveram, prejuízo, 40% lucro e 37% ficaram em situação de equilíbrio. Para 44%, o faturamento do mês neste ano foi maior que o do mesmo período de 2022. Já para 35% foi menor e 20% consideraram igual ao do mesmo período do ano passado. Em comparação com setembro, 39%, afirmaram que o faturamento de outubro foi maior.  
 
Outros 32% afirmaram que as vendas foram menores e para 25% foi igual. A pesquisa também revela que 56% dos empresários do setor esperam ter aumento de faturamento em dezembro, na comparação com o desempenho de outubro.  Em relação ao pagamento do décimo terceiro salário de seus funcionários, 79% dizem que não terão dificuldade para pagar o salário extra em dia, seja em duas ou uma parcela única. 
 
“Apesar das dificuldades na demanda no segundo semestre, a Abrasel Alta Mogiana vislumbra melhoria com as festividades de fim de ano. A maioria das empresas prioriza o pagamento em dia do décimo-terceiro, refletindo o cuidado com os funcionários”, afirma Renato Munhoz, presidente da Abrasel da Alta Mogiana.  
 
Para ele, a região está se recuperando mais rapidamente do período pandêmico que outras regiões do país. A Abrasel Alta Mogiana tem associados ativos em onze cidades: Bauru, Cravinhos, Franca, Jaboticabal, Matão, Piracicaba, Ribeirão Preto, Rifaina, São Carlos, São José do Rio Preto e Sertãozinho. 
 
Sua área de atuação abrange 108 municípios das regiões administrativas de Ribeirão Preto, Franca, Barretos, São Carlos e Araraquara. Atualmente a associação conta com 200 empresas associadas. Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou improcedente uma ação movida pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). 
 
Pleiteava reparação pelas perdas durante a pandemia. A entidade cobrava uma indenização do governo de São Paulo e de prefeituras – entre elas a de Ribeirão Preto – por conta do fechamento dos estabelecimentos nos momentos mais agudos da pandemia da covid-19 entre 2020 e 2021.  
 
“O nosso caminho não se limita a esta questão pontual, mas engloba diversas outras vias para conquistarmos o que realmente almejamos: uma compensação mínima e justa pelos prejuízos enfrentados ao longo desse período desafiador. Infelizmente, essa compensação e reparação do estado não se concretizaram em nenhum aspecto para o nosso setor”, afirma Renato Munhoz.